Enquanto
todos ainda observavam o sapo de chocolate na mão de Rosinha, Alvo abaixa sua
cabeça, entrelaça suas mãos e fica pensativo; Imaginando para qual casa irá ser
selecionado, sem percebe que seu irmão Tiago vira sua atenção para ele.
-
Olá, quem são vocês? – Perguntou uma menina que segurava uma gaiola com um corvo
dentro. – Sou Vanessa Broose e essa é minha prima Holanda vamos para o quinto
ano.
-
Oh, oi sou Tiago Potter esse é meu Alvo e essa ao lado de Holanda é nossa prima
Rosa Weasly, prazer. Rosinha faz um leve aceno com a mão direita enquanto
sorrir.
Vanessa
encara Tiago e por alguns segundos e fala:
-
Ah, sim lembro de você do ano passado... Legal. Após alguns segundos e sem
falar mais nada, ela olha para sua prima e faz um gesto com a cabeça indicando
para saírem da cabine. Sem entender muito bem, Holanda se levante e acompanha
sua prima.
-
Com licença boa viagem a todos – Se despede Holanda ainda confusa.
Após
fecharem a porte, Tiago vira para Rosinha.
-
O que foi isso exatamente?
-
Não sei, você quem estudou em Hogwarts ano passado que deveria saber. – E
continuou – Talvez esse seu cabelo desajeitado espantou elas.
-
O que? Não, eu não lembro de nenhuma delas, nunca reparei em alunos do...
-
Tiago pára, estava brincando com você. – Interrompeu Rosinha. – É tão óbvio,
provavelmente elas não querem ser vistas com alunos calouros do primeiro e
segundo ano.
Tiago
passa a mão no cabelo olhando para o pouco reflexo no vidro da porta.
-
Ah foi por isso? – E deu um sorriso.
-
Pronto para entrar na Sonserina, Alvo? – Ainda com o mesmo sorriso. - Tio Rony
disse que vai desertar quem não for para Grifinória.
Alvo
tremula, olha para Tiago como se levasse um choque.
-
Não ligue para ele, Alvo. – Disse Rosinha levemente insegura – Também estou nervosa.
Alvo
olha para Rosa e repara que além das vestes ela também já está usando uma
gravata listrada das cores vermelha e dourada.
-
Ah, isso aqui. – E ela apontou para gravata - Foi a gravata que a mamãe usou no
dia da formatura depois de terminar o sétimo ano letivo.
-
Falando nisso nem o papai e nem o tio Harry voltaram para terminar a escola.
-
Meu pai disse que logo após a Segunda Guerra Bruxa o Ministério da Magia tinha
que ser reconstruído, e estavam precisando de aurores. – Falou Alvo
timidamente. Ele e o tio Rony se candidataram para ajudar e desde então não
tiveram mais tempo para terminar o sétimo ano.
-
Se a Sonserina não existisse também não existiram bruxos das trevas – Desabafou
Tiago.
-
Desculpe Tiago, mas tenho que discordar de você. – Rosinha puxa sua varinha e
aponta para Tiago – Pecte Comas!
E
no seguinte momento o cabelo de Tiago se arrepia e caem para trás totalmente
lisos e penteados.
Era
tão incomum ver seu irmão com o cabelo penteado que Alvo começa a rir
descontroladamente acompanhado do um sorrido culpado de Rosinha.
Tiago
olha mais uma vez para o reflexo no vidro da porta e fica assustado com o que
vê.
-
Estou parecendo um leão com a juba alisada. – E rapidamente começa a bagunçar
seu cabelo.
-
Há há há, você realmente combina com a Grifinória. – Continuou Rosinha – Mas
não se preocupe essa magia dura apenas alguns segundos.
Quando
seu cabelo finalmente volta ao normal Tiago se levanta com raiva.
-
Chega! Vou procurar meus amigos. – E sai batendo a porta da cabine sem sequer
se despedir.
Ainda
sorrindo Alvo olha para Rosinha.
-
Obrigado prima, ele está me importunando desde quando voltou da escola.
Rosinha
apenas balança a cabeça positivamente e pisca o olho para Alvo.
-
Mas prima, fiquei curioso; Por que você discordou de Tiago quando ele falou da
Sonserina?
-
Bom Alvo por mais que alguns deles realmente se tornam bruxos maus, a grande
maioria se torna pessoas poderosas e influentes no nosso mundo, pessoas
formadas pela Sonserina sempre estão mudando e movimentando novas idéias e conceitos
para melhoria do mundo mágico, por mais que isso possa parecer inacreditável
-
Como você sabe dessas coisas? – Perguntou Alvo muito curioso.
-
Livros – Respondeu Rosinha com um olhar superior que lembrava sua mãe.
Alguns
momentos depois, vários alunos passam correndo ao lado da cabine fazendo muito
barulho, falando e dando altas gargalhadas. Alvo e Rosinha olham curiosamente,
mas não conseguem entender o que está acontecendo. Eis que então Tiago aparece
do outro lado e entra junto com outros dois garotos, todos rindo muito.
-
Tiago o que está acontecendo? – Perguntou Rosinha.
-
A gente se juntou com alguns alunos da Lufa-Lufa e Corvinal para fazer uma brincadeira
no vagão que tinha alguns alunos da Sonserina.
-
Jogamos bombas de fumaça fedida ao mesmo tempo em três vagões! – Falou um dos colegas
de Tiago um pouco mais alto que ele.
-
Cara, aquilo foi realmente hilário, o fedor vai ficar na roupa deles por pelo
menos duas semanas! – Disse o outro garoto mais baixo com um sorriso de orelha
a orelha.
-
Foi tudo idéia de Tiago, você é um gênio!
Alvo
faz uma cara indiferente e confusa ao ouvi a conversa.
Quando
notou a presença de Rosinha e Alvo o garoto mais baixo aponta para Alvo.
-
Quem é você?
-
E que cara tacho é essa? – Respondeu o garoto mais alto.
Tiago
nota que Alvo fica muito irritado com a pergunta e do modo que ela foi feita.
-
Pessoal esse é meu irmão Alvo e essa é nossa prima Rosa. – E completou – Esses
são Joshua Hessel e Mauricius Kindless.
-
Outro Potter para o nosso clube, a gente poderia usar você para coletar alguns
ingredientes para nossas poções e feitiços. – Sugeriu Mauricius – O que você
acha Tiago?
Interrompendo
a futura fala de Tiago, Alvo se levanta e sai rapidamente da cabine sem dizer
uma única palavra e começa a andar em direção ao fim do trem. Após alguns
minutos andando, ele observa outros alunos dentro dos vagões rindo e se
divertindo. Alvo começa a refletir e se sente arrependido do modo grosseiro que
saiu da cabine, entretanto não sentia vontade de voltar para se desculpar e
continuou andando.
Quando
finalmente chega à última cabine do último vagão, Alvo repara que uma pessoa está
sozinha encolhida olhando fixamente para as cinzentas nuvens e verdes montanhas
da paisagem ao lado de fora da janela. Ao se aproximar da porta da cabine Alvo
repara que se trata de uma menina com cabelos longos, lisos e albinos de tão
loiros presos com uma tiara preta, estava sentada abraçando seus joelhos.
Alvo
abre a porta da cabine.
-
Olá, eu poderia ficar aqui? – Perguntou – Todas as outras cabines estão ocupadas.
Entretanto
a menina não o respondeu e aparentemente nem notou sua presença.
Alvo
meio desajeitado entra na cabine e fecha a porta.
-
Ahh eu sou Alvo, Alvo Potter prazer. – Se apresentou enquanto sentava-se a
frente da garota.
-
Potter? – Disse a menina sussurrando aparentando não gostar de ter ouvido seu
nome.
No
mesmo instante Alvo ouve a porta abrir e vê um menino loiro de olhos azuis
claros, vestindo uma elegante e cara veste totalmente preta entrando na cabine.
-
Quem é você? – Questionou o menino loiro.
-
Ahh, Alvo, meu nome é Alvo e se não se importar prefiro não dizer meu
sobrenome. – Disse com um olhar repreensivo.
O
menino loiro balança a cabeça positivamente enquanto entra e se senta ao lado
da imóvel garota ainda com o olhar fixo na bela paisagem do lado de fora.
-
E você, qual seu nome?
-
Sou Escórpio, prazer. – E continuou – Sem sobrenome certo?
-
Há há há, claro. – Respondeu Alvo bem animado.
Alvo
sinaliza com a cabeça para garota.
-
Estava tentando conversar com ela. – Comentou Alvo.
-
Ah, essa é minha prima Evy, esse vai ser nosso primeiro ano em Hogwarts –
Respondeu Escórpio.
-
Ela está um pouco triste porque alguns alunos falaram mal da nossa família nos
vagões mais à frente do trem, então viemos para cá.
-
Acho que entendo um pouco. – Revelou Alvo.
-
No passado meus avôs se aliaram a você sabe q... Quero dizer – Escórpio suspira
– Voldemort. Após a queda do bruxo das trevas meu pai tem feito de tudo e tem
passado por momentos de vergonha para limpar nosso nome. Ele disse que quando
cometemos algum erro temos que levar isso para o resto da vida, disse também
para tomar cuidado com minhas próprias escolhas.
Alvo
fica um pouco apreensivo em saber tal informação e não consegue imaginar o que
aconteceria se Escórpio soubesse que seu pai fora o responsável por derrotar o
bruxo das trevas.
-
Eu tenho passado por momentos de pressão, meu pai e minha mãe querem que eu
seja um excelente bruxo estão sempre falando o que devo fazer, e com quem ter
amizades – Confessou Escórpio.
-
Meu pai me fala algo parecido, mas sempre deixando claro que sou eu quem deve
decidir minhas ações e escolhas.
Escórpio
olha fixamente para alvo e pergunta firmemente.
-
Para qual casa de Hogwarts você quer ser selecionado?
-
Essa é uma pergunta muito difícil. Talvez para Grifinória – Respondeu
confiante.
-
Grifinória? Seu pai por acaso pertenceu a essa casa?
-
Sim e praticamente toda a minha família, por quê?
-
Se você não gosta de dizer seu sobrenome, talvez você também não devesse seguir
os mesmos passos de seus pais. – E continuou – Por isso quero ir para
Grifinória e mostrar para meu pai que poderei ter uma vida diferente da que ele
teve.
- E
que seu pai acha dessa sua decisão? – Perguntou Alvo se mostrando entusiasmado.
-
Eu não contei a ele sobre isso, meu avô sempre dizia; “a mais de trezentos anos,
membros da nossa família são selecionados para a Sonserina.” – É uma questão de
tradição.
-
Tradição... Meu tio falou que desertaria quem não fosse para Grifinória.
- Meu
pai e minha mãe são bem famosos e isso faz com que toda atenção venha em mim,
meu irmão mais velho também está sempre em cima de mim.
Escórpio
olha surpreso para Alvo, como se tivesse ouvido uma notícia fantástica.
-
Então vamos juntos para Grifinória Alvo! – Sugeriu Escórpio muito esperançoso –
Prometo que te ajudarei a lidar com seu irmão.
-
Mas enquanto a seu pai? – Perguntou Alvo preocupado – Ele com certeza vai ficar
desapontado.
-
Eu já disse Alvo não quero se mais um tijolo na parede.
E
em seguida Escórpio estende sua mão direita em direção a Alvo. E Alvo sem hesitar,
retribui o gesto, e ambos dão um forte aperto de mão enquanto sorriem
seriamente.
-
E sua prima? Para qual casa de Hogwarts ela quer ir?
Escórpio
vira para sua prima com um olhar triste.
- Prometi
a ela que a ajudaria na escola. Ela é uma pessoa muito na dela e não incomoda
ninguém.
Alvo
também vira para a garota.
- Já
está escurecendo e precisamos animar ela. Tenho uma idéia.
Alvo
levante a calça da perna direita e puxa sua varinha que estava em uma cinta
amarrada em sua perna. Escórpio encara a situação com um rosto confuso.
-
Legal não acha? – Indagou Alvo – Encontrei essa cinta nas coisas velhas de meu
pai, e decidir esconder a varinha aqui.
Escórpio
deu um leve sorrindo como se aprovasse a incrível idéia.
Logo
em seguida Alvo coloca sua mão no bolso esquerdo da calça e tira cinco bolinhas
e balançando a varinha duas vezes faz uma bolinha de cor verde flutuar no ar enquanto
guarda as restantes.
- Evy
olha isso! – Alertou Alvo. – Clara soluti.
Um
pequeno raio de luz sai da varinha e ao tocar a bolinha verde o mesmo começa a
brilhar e a iluminar toda a cabine com uma cor esmeralda.
Timidamente
Evy começa a olhar ao redor da cabine e fica surpresa com o que vê. Escórpio
parece ficar animado ao vê sua prima distraída com a magia.
-
Eu não deveria está usando essa magia. – Disse Avlo sorrindo, suando e
parecendo um pouco cansado. – Mas, vamos Evy pegue.
A
pequena bolinha flutuante começa ir em direção a Evy que ao se aproximar estica
seu braço direito até pegar a bolinha e a fecha em sua mão.
-
Agora imagine algo que você gostaria que acontecesse.
Sem
perder tempo Evy se concentra e todos na cabine vêem uma imagem aparecer no
centro da cabine; Evy está voando em uma vassoura dentro de um jogo de
Quadribol.
Alvo
um ainda parecendo cansado pergunta:
-
Quadribol? Quem está jogando?
Evy
sorrir e em seguida na imagem surge Escórpio e Alvo ao lado dela, todos os três
jogando na posição de artilheiro jogando a bola um para outro desviando de
balaços e ofensivas dos jogadores adversários.
Em
um movimento brilhante fazendo um giro de cabeça para baixo, Alvo passa a goles
para Escórpio que chuta a bola para Evy e soca a mesma em direção a o aro mais
baixo, quando o goleiro avança para agarrar a goles, um balaço vem descendo e o
acerta em cheio nas costas e o faz cair da vassoura. Quando goles finalmente
iria atravessar o aro, de repente tudo some e Alvo cai no chão desacordado.
Se
passa alguns minutos.
-
Al... Al... Alvo acorde! – Falou uma voz familiar.
Alvo
lentamente abre os olhos e vê Evy o olhando fixamente sem piscar os olhos acima
dele. Aos poucos recobrando os sentidos ele percebe que está com sua cabeça
apoiada no colo da garota.
-
Alvo seu idiota você usou aquela magia?!
E
reconheceu a voz de seu irmão.
-
Tio George nos proibiu de usar essa magia – Falou Tiago bufando.
-
Dá um tempo ele mal acordou – Manifestou-se Evy – Ele só estava tentando me
animar.
-
E olha como isso termi...
Rosinha
interrompe o primo dando-lhe uma leve cotovelada e passando a frente dele.
-
Essa magia faz com o que estamos imaginando seja mostrado a outras pessoas,
porem, ela utiliza muita energia física para ser mantida – Explica Rosinha
elegantemente. – Nosso tio George a desenvolveu para ser usada junto com as
esferas dos sonhos que são essas bolinhas coloridas.
Escórpio
observa Rosinha como uma cara tipo; Quem te perguntou?
Todos
percebem que o trem da um longo apito e lentamente começa a parar fazendo
barulho arrastando as rodas no trilho.
-
Alvo você consegue se levantar?
-
Sim, já estou melhor. Quanto tempo fiquei desmaiado?
- Acho
que uns vinte minutos. – Respondeu Escórpio. – Logo após você desmaiar saí para
pedir ajuda e acabei encontrando seu irmão, que já estava te procurando.
Alvo
timidamente levanta com a ajuda de Evy que estava sorrindo ao ajuda-lo.
-
Potter, hein realmente é um grande nome! – Falou Escórpio – Eu não fazia idéia.
-
Escórpio eu...
-
Está tudo bem Alvo, acho que foi destino agente ter se encontrado. – Acrecentou
– Porque afinal de contas queremos ser diferentes de nossos pais.
Tiago fica confuso e espera uma explicação em silêncio.
-
Malfoy, Escórpio Malfoy – E estende a mão novamente.
-
Meu pai falou tudo de vocês Malfoy – Interrompe Tiago. – Vamos embora Alvo,
você não vai querer ser amigo da pessoa errada.
Alvo
olha para seu irmão friamente.
-
Acho que posso dizer quem é a pessoa errada.
E
sem dúvidas na mente Alvo aperta a mão de Escórpio mais uma vez.
- A
nossa promessa ainda está de valendo?
-
Com certeza Alvo, vamos para a mesma casa.
-
O que? Qual casa Alvo? – Pergunta Tiago preocupado.
Enquanto
isso Rosinha apenas observa tudo com certo receio, e o trem para totalmente.
-
Você vai ter que esperar para ver Tiago. - Falou provocando seu irmão.
Para
evitar mais discussões Rosinha puxa Tiago para fora e o vai levando
de volta para a cabine a frente do trem.
-
Seu irmão realmente é um incomodo – Mencionou Evy. – O trem parou, temos que
vestir nossas vestes.
Rindo
um pouco do comentário Alvo se lembra que suas coisas estão na cabine junto de
sua prima.
-
Então agente se encontra fora do trem? – Perguntou.
Escórpio
e Evy acenam positivamente com a cabeça.
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